remoendo, penso que era medo (o de Gonçalinho Ramires, saltando sebes?), medo de ficar sem comida, de ficar sem coisas, que o mundo desmorone, de passar fome, de que tudo mude irremediavelmente e do futuro que se teme ( o medo animalesco das crias até). Saramago diria isto com facilidade. ainda há pouco li algures por muito alto um autor que dizia que não tinha lido o Ensaio da Cegueira, que era aborrecido ou qualquer coisa. que belo auto-retrato, mas foi para esse Ensaio que remeteu a corrida ao desconto de 50%, o tal cliché pobre da vida a imitar a arte.
por outro lado, o patrão do PG diz política que disparate, foi apenas uma tentativa de contrariar uma quebra nas vendas. o que me parece uma bela metáfora da situação contemporânea: acomodados a uma democracia superficial de apregoadas ideias falsas e de governos que teoricamente dispõem mas que na prática podem nada (lembrar Berlusconi), governados por um sistema totalmente diverso, com uma existência e regras paralelas que essas sim, sem precisar de qualquer decreto, governam livremente.
light gazing, ışığa bakmak
Saturday, May 5, 2012
medo
Publicado por Ana V. às 10:49 AM
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