"Quinze minutos antes da meia-noite de 10 de Julho de 1985, duas poderosas bombas colocadas no seu casco [do Rainbow Warrior] por homens-rãs dos serviços secretos franceses tinham-lhe aberto brechas mortais no porto de Auckland, na Nova Zelândia. E as bombas assassinaram o ecologista português Fernando Pereira, que se encontrava a bordo.
O velho Rainbow Warrior travou muitas batalhas pacíficas em águas do Sul, pondo a nu a irracionalidade das experiências nucleares francesas no atol de Muroroa e sucumbiu vitimado por um odioso acto terrorista aprovado pelo governo gaulês.
Não há nada mais belo do que um veleiro sulcando os mares em silêncio, e nesse mesmo silêncio, em Dezembro de 1985, amigos vindos de todo o mundo rebocaram o adormecido Rainbow Warrior até à enseada de Matauri, em frente das costas neozelandesas e, numa cerimónia maori, deixaram-no visitar até às profundidades marinhas, até à fundura abismal e necessária para que se unisse à vida por que lutou."
Sepúlveda em Mundo do Fim do Mundo.
light gazing, ışığa bakmak
Saturday, June 23, 2012
sobre isto
Publicado por
Ana V.
às
9:58 PM
TAGS Luis Sepúlveda
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment