light gazing, ışığa bakmak
Friday, July 13, 2012
jardins do Paço
eram visitáveis, mas os visitantes destruíam tudo - saltavam por cima de canteiros, largavam lixo. agora é um jardim perfeito para observar por entre os gradeamentos das janelas altas. vemos alguns pássaros e um pavão, as fontes para sempre limpas neste jardim perfeito e inacessível. isto é uma fundação, não é um museu: as semelhanças são apenas aparentes.
está tudo conservado? pergunto e pergunto, mas olho para o jardim e vejo os livros da biblioteca, também inacessível, mas (dizem-me) em perfeitas condições: temperatura, luz. só com autorização especial. é um espólio importante. também os coches me parecem conservados, mas não posso jurar. mais conservados do que os do Museu em Belém, isso sem sobra de dúvida. mais bem guardados e mais bem expostos, é verdade. um pouco como o Museu Britânico e os artefactos... gregos, persas, o que se queira. neste caso: acessível ou conservado? eu preferia sempre as duas coisas, mas isso é defeito meu já desde criança.
(para clarificar - aqui a divagar sobre o Instituto Português de Museus, e o património a seu cargo, e a Fundação da Casa de Bragança. também podia falar do património a cargo da igreja (Patriarcado) e outras instituições do estado mas isso era cair num poço negro sem fundo. nem sequer são os directores de museus, na maior parte até bons. são os políticos, as políticas, as prioridades financeiras, o show-off eleitoral. enfim)
confesso: o regicídio incomoda-me. aqui, na fabulosa (com todas as letras) Armaria, vi o pequeno revólver disparado pelo príncipe Luís Filipe antes de morrer. e, como diz o guia com voz ficcional, nesta cama morreu D. Carlos na noite antes de ser assassinado. deslumbrou-me este palácio.
entre o Redondo e Vila Viçosa, há campos de eucaliptos, alguns ainda na infância. porque são permitidas estas árvores nesta zona, factos do país à beira do deserto.
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