light gazing, ışığa bakmak

Wednesday, September 26, 2012

fall

na página 109
"Under the wind-whipped trees, my mother looked up through the arch of moving limbs and observed that the air had a seam of cold in it now (which I couldn't feel). She was sorry about it. We'd see some snow on the western peaks soon. Fall would be on us before we knew it."

e na pág. 125
"The sky had come unsettled again and windy, moving smells around. Flat, purple-bottomed clouds slid up out of the south. Whitecaps danced on the river surface and gulls soared in the damp breeze. There'd be a thunderstorm. It had been trying to all day. Fall was starting - our mother had been right."
Ford em Canada.

no outro dia disse-lhe que o ia ensinar a ler. olhou para mim como se fosse doida (eu já sei ler!). tive de especificar: vou-te ensinar a ler o que não está escrito.

nas aulas de literatura era possível ensinar várias coisas: como se descreve aquilo a que convencionamos chamar 'natureza' com personificações abertas ou disfarçadas, como as nuvens que se aproximam funcionam como um sinal de catástrofe ou como se pode transmitir um estado de espírito através dos objectos ou das nuvens. aqui dá-me gosto ver a queda de um anjo, a queda anunciada da mãe e as finas complicações que essa queda produz na integridade e na identidade do homem que escreve. no verão, eu dizia ao J. que tudo está contido na na literatura, melhor do que nos manuais. tudo menos aquilo que pertence aos sentidos e alguns vôos da matemática, mas esta teoria (errada à partida por ser uma teoria, um rearranjo tendencioso de elementos reais ou não numa ordem arbitrária) está em evolução.



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