ano. estava a terminar a Montanha Mágica. agora terminei Candide (uma obra-prima para cada final de verão). há um ano planeava-se uma grande festa de aniversário com reunião de família e amigos que não se encontravam havia muitos anos (e que tiveram de comer o meu bolo). este ano celebra-se o aniversário, o bolo será o meu e terminei de ler um livro que não acaba na última página.
na BBC radio 4, um programa de rádio emite uma obra de música clássica e por cima várias histórias pessoais, contadas em primeira pessoa, de como aquela peça em particular entrou ou influenciou as suas vidas. histórias do passado, do tempo da guerra, de quando se conheceu alguém, de encontros, de quando se tocou aquele concerto. primeiro pensei que em Portugal não se poderia fazer aquele programa, mas penso que estava errada.
passar da simples transmissão de um concerto para lhe dar as vozes dos vários anónimos: muito do nosso tempo. afinal, o que faço aqui. depois das teorias da recepção, duas coisas: multidão e anonimato; personalização e voz humana. nada termina onde terminava mas explode numa espécie de big bang fora do controlo do autor. é curiosa a opinião dos vários autores sobre a vida das suas obras depois de lançadas no mundo público.
falamos todos: escrevemos, pensamos, comentamos, julgamos, mostramos. tudo em público. toda a gente e ninguém.
light gazing, ışığa bakmak
Wednesday, September 5, 2012
há um
Publicado por
Ana V.
às
6:47 PM
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