um livro para opôr a Sebald: uma obra sobre a memória, auto-reflexivo, com a interferência de imagens. se em Sebald estas contribuem para o enigmático clima, as de Pamuk são documentais, mas não só - bastando ler o decifrador de caras em Jardins da Memória para o saber. onde cabe aqui a ficção, um ponto a descobrir ao longo desta obra. em Sebald vê-se bem o labirinto: personalidade, realidade, história colectiva, discurso oficial e mentira. em ambos, a melancolia da derrota.
[estes são autores derradeiros de uma já bygone era: o pós-modernismo. hoje temos massificação, globalização, revolução tecnológica. o mundo mudou.]
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"Sebald
treats the relationship of text and image with far greater wariness. He demonstrates their
allure, their tensions and their treachery indirectly, unobtrusively, and non-directively. While
Sebald’s Austerlitz, like Orhan Pamuk’s Istanbul, deploys photographic images, apparently in
the manner of more or less conventional illustrations, the volumes always resist, in a range of
ways, demeaning the photograph into mere illustration of the text, or vice versa. In this way
Sebald’s novel disrupts historicist narrative devices in a Benjaminian mode." (daqui)
em Pamuk, tanto as imagens como os objectos iniciam e provocam as histórias. não as ilustram. (aliás, a relação texto - ilustração é interessante também em outro contexto, por exemplo Gaiman - McKean, e várias outras duplas colaborativas )
light gazing, ışığa bakmak
Friday, February 1, 2013
melancolia, ruínas e o fim do império
Publicado por Ana V. às 7:55 AM
TAGS Ilustração, Orhan Pamuk, W. G. Sebald
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