Blaufuks é o fotógrafo português de quem mais gosto. talvez o prefira por fotografar espectros e presenças pouco nítidas, que é o que vemos na nossa realidade. ou porque tomei por referência os seus objectos solitários atravessados por luz oblíqua e que retratam mais do que os seus retratos: caras antigas e de olhar fixo para a fotografia oficial. os seus fragmentos de documentos, cópias de notícias, documentos históricos são a película superior do real.
as cores e a luz, melancolia e memória. acima de tudo gosto das janelas de quartos descoloridos que deixam entrar a luz difusa, e tantas vezes há cortinas.
Sob Céus Estranhos é uma imagem espelhada de Sebald. aqui os textos são as imagens do escritor, as imagens as suas palavras.
se acrescentei ideias, possibilidades, viagens, com a Unless You Will e com as imagens de urbanautica, Blaufuks foi sempre a minha base, mesmo que só me tenha apercebido disso hoje, ao folhear este livro.
à espera de ver Fábrica. para ler.
no fundo do fb, uma maquete do grand canyon com um sinal de localização, you are here, à beira do abismo. à beira do abismo numa maquete. foi com as imagens americanas que, ainda na faculdade, o comecei a seguir.
este livro foi agora um bónus oferecido aos assinantes da novíssima granta portugal. (uma revista em processo de ikeaização). para já, os bónus ultrapassam a própria.
(para ver)
Motel foi um marco na minha vida.
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