light gazing, ışığa bakmak

Friday, May 24, 2013

bubbly


uma feira animada. nunca vi tanto concerto, comes e bebes, ginja de óbidos e bolos, palcos, eventos e cadeirões na relva. ainda bem. um divertimento low cost.

para a prateleira: "Em certas horas de inexplicável tristeza, quando as sombras do beco lhe entravam pela alma dentro, subia ele a ladeira, à procura de sol e horizontes. E de todas as vezes seus olhos aventureiros descobriam novos mundos."; "O jovem marinheiro, tomando nas mãos a cítara, ao som da qual sempre fazia as suas recitações, começou então a entoar a história que lhe pediam."; "Não sei como isso foi, mas às duas por três falávamos de viagens, nós que nunca havíamos viajado."; "Tudo em redor de mim tem uma nitidez rara: as casas, as pessoas, os automóveis. A cidade, de repente, é feita de ângulos sem enfeites. As pessoas parece que saíram das repartições cansadas de mentir, cansadas do papel que andam a representar há anos para ganharem a vida. Passam por mim em silêncio, olhando para o chão ou lendo o jornal da tarde, na esperança de encontrarem qualquer notícia estrangeira que os faça esquecer as máquinas de escrever, os triplicados, os olhares dos chefes das secções."; "Noguchi escutava-a friamente. Depois, para demonstrar que não queria ouvir as demonstrações dela, tirou da sua biblioteca um livro ocidental e pôs-se a ler, virando a cabeça para o lado contrário(...)"; e, finalmente:

"As invasões mongóis no século XIII marcaram, para todo o califado oriental, o termo de um período e o início de um novo. A queda de Bagdade em 1258, causou a destruição do Califado Abássida. Tanto a Pérsia como o Iraque, ficaram tão completamente devastados por estes cruéis invasores pagãos que jamais se refizeram completamente: quase todas as cidades foram saqueadas, as bibliotecas queimadas, as escolas destruídas, os artistas e os artífices mortos ou exilados. As hordas bem organizadas e disciplinadas de Gengis Khan conseguiram dominar e aterrorizar uma população muito mais numerosa. Os governantes mongóis da Pérsia (os Il-Kan) converteram-se ao Islão antes do fim do século XIII; sob Ghazan (1295-1304) e Uljaitu (1305-16) a cultura e ciência começaram a ser respeitadas e as artes voltaram a florescer.

O domínio mongol estendeu-se através da Ásia, tendo posto a China em contacto directo com o Médio Oriente. Na Pérsia, a arte chinesa era altamente considerada e imitada na cerâmica, na decoração e sobretudo na miniatura."

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ah sim, e a Granta adiada ainda. pelo menos satisfiz a curiosidade quanto ao texto de Pamuk incluído: trata-se de uma tradução portuguesa de uma versão para a granta inglesa do que é um conto incluído em Other Colors. até fiquei tonta.

"The story titled "To Look Out the Window" was published in Granta in 1999 as "Famous People" in a fine translation by Erdag Göknar. A minor masterpiece, it's a bittersweet evocation of Pamuk's wealthy extended family's life in Istanbul in the winter of 1959 as seen through the eyes of 7-year-old Orhan. Rarely have I come across such an utterly convincing re-creation of how a child perceives the adult world. daqui.

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