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Envelhecer é endurecer. Quando erguemos paredes de rigidez à volta da nossa vida, do nosso pensamento, estamos a envelhecer. Envelhecer é tornar-se rígido, duro e seco, como uma árvore que morre. «Se quiseres viver, tens de permanecer macio e flexível como um recém-nascido», disse-nos Arseni Tarkowsky pela voz das imagens do seu filho Andrej. Temos de, permanentemente, aceitar e acolher a instabilidade que altera os nossos hábitos para não ficarmos empedernidos, secos, fechados. Temos de aceitar, definitivamente, que o pensamento é sempre provisório, temporário. Só a permanente capacidade de mudança e de espanto para com o mundo nos poderá fazer viver (e não, apenas, existir). «Ser sábio é muito melhor do que se inflexível», escreveu o sábio poeta grego Teógnis."
Rui Chafes em "O Perfume das Buganvílias".
light gazing, ışığa bakmak
Tuesday, May 21, 2013
envelhecer
Publicado por
Ana V.
às
10:49 PM
TAGS A arte pela arte, O meu cinema é o meu cinema, Rui Chafes
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