islâmico festival (2)

aqui estamos em casa, aqui entre os lisboetas barulhentos e mal-educados, entre os locais curiosos e bem-dispostos, entre os rastas e os fumantes da minha geração. ocuparam a esplanada com conversa, camisas às riscas, mises e roupa de marca, smartphones. passado um bocado perguntam-me o que é que se come aqui e num instante se definiu nós e eles.

esta feira, que é um importante acontecimento turístico e económico regional, podia ser ainda mais do que isso se mergulhasse mais profundamente nas implicações desta relação que mantemos com o magrebe. pela partilha de chá abrindo portas à comunicação, embora de pé atrás, desconfiança, na nossa posição de vencedores, mas ainda assim em eterna curiosidade tolerante. (oh mãe, nós não fabricamos armas! pois não. a dinamarca também não.) soubéramos usar isto que somos mas dava trabalho, primeiro, e eram precisas pessoas ao leme (com algumas ideias), que essa posição foi deixada vaga.