light gazing, ışığa bakmak

Saturday, May 4, 2013

Updike, bite my dust

à medida que o livro vai ganhando momentum, no capítulo 12 o leitor começa a ver onde está, poucos autores o poderiam ter escrito, julgo. para além da coexistência de vários planos em paralelo: do pensamento em contraste com a voz, os olhos do outro, a história ilustrada e o que nela se passa, e a mulher que ali está em presença fantasmagórica a culminar no red sash que deixou, o indício da sua presença. gosto desta capacidade de evocar presença através dos objectos, algo em que Pamuk se especializou através da sua obsessão pela coleccção de coisas. se houvesse um museu para Red, este red sash estaria numa das vitrines. a cor e a significação desta peça de roupa só confirmam o que foi dito antes: cor da paixão do corpo, da lascívia, a peça que dá acesso ao corpo da mulher, a cor da soberania.




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