hoje é o segundo dia de bayram, o grande feriado de três dias depois do ramadão, comum a todos os muçulmanos. nas notícias passam imagens dos refugiados da guerra da síria no turquia para mostrar com certa compaixão como passam eles um dos feriados mais importantes do ano.
na cidade velha parece que se concentram de repente os catorze milhões que se movimentam nesta cidade. não há espaço para uma mosca. ao lado do bazar egípcio, hoje fechado, uma feira de rua com produtos para animais e sementes para jardins. a maior parte das coisas vendem-se a peso. a cada 4 passos, os garrafões de sanguessugas.
demos uma grande volta pelos bairros residenciais do outro lado da cidade. em Atakent, na paragem, tirando a bandeira turca, o passeio, o som do muezzine, podia estar em Benfica. os mesmos prédios com uma cor diferente para a barra das janelas, a roupa a secar, as mesmas lojas de bairro, lotes de mato. aqui não há graffiti. em Göztepe, algumas pessoas saem para o centro da cidade, outras voltam com sacos de plástico do supermercado. por todo o lado, mas pior em Üsküdar, as grandes obras do Marmaray.
no autocarro encontro-me entre duas crianças de colo, as duas olham-se fixamente. o bebé ri na cadeirinha e abana o brinquedo - um mini-Psi - que, com o movimento, começa a tocar o gangnam style.
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