regresso às repartições: o estado desmorona-se. a "austeridade", uma mentira para a perseguição às populações, continua. os orçamentos acabaram para as encomendas mais básicas, a função pública está paralisada e paralisa por sua vez o desejo de quem deseja fazer alguma coisa. as funcionárias de certa idade e com décadas de trabalho são enxovalhadas daqui para ali e não podem fugir. todos os meses é reajustado o salário sempre para baixo. nesta altura suportam filhos e netos, não podem largar tudo. o estado deixou de poder assegurar funções que eram vitais (e que são vitais ainda na boca dos políticos). entre as suas bocas e a realidade está um mundo. as funcionárias olham para mim e contam-me a vida. terra queimada: o que construímos durante tantos anos é agora desfeito. teremos de começar do zero de um país destruído. e não é só pelas chamas.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, August 29, 2013
terra queimada (5)
Publicado por
Ana V.
às
9:53 PM
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