light gazing, ışığa bakmak
Sunday, August 18, 2013
topkapi de novo
Topkapı Sarayı, o palácio desventrado, paredes e pouco mais, uns tesouros, umas relíquias, é maior do que qualquer pessoa que o veja, ultrapassa-nos como indivíduos e ergue-se -como os monumentos verdadeiros- a obra monumental de gerações, de multidões. em certos momentos, tenho um certo pejo em entrar por ali, na verdade em todos os palácios que serviram de casa a muita gente, como se tivesse a interromper qualquer coisa ou a intrometer-me em algo que se deveria manter privado. a roupa deitada como peixes mortos, os objectos de desejo e admiração em vitrines, expostos aos olhares superficiais da multidão, a cama do sultão e as centenas de camas ou enxergas ou tapetes desaparecidos mas que sinto nas pedras e no complicado dos azulejos.
impossível tirar a foto na galeria de retratos pintados, a partir do século 19 apenas, porque antes não existiam traços de carácter dos rostos. todos eram miniaturas vistas por deus, sem vontade que não a do papel na composição, o seu lugar no mundo.
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