a muçulmanização da minha vida trouxe, como todas as novas influências, mudanças grandes no ponto de vista, continuidades. há um ponto de contacto essencial e um desvio naquele sentido: os pontos no tempo de Aristóteles que Pamuk representou em espiral no chão do seu museu; mas para mim o movimento perpétuo das ondas, a água a mover-se na areia por entre as pedras e nos meus pés, espuma, tal como vi este verão, sem início sem fim, um contínuo de sobrevivência, múltiplas dimensões que se movimentam em simultâneo, o reino sublime da consequência.
as imagens que têm sido repetidamente passadas nas televisões, com avisos inomináveis ao espectadores sensíveis, a engrenagem mostra-se. simplisticamente: as ideias com 'prova' de imagem são exibidas com avisos de legitimação ( acabámos de receber-- imagens chocantes-- a ser agora divulgadas por--); a opinião divide-se, não interessa quais as percentagens; a divisão é ampliada pelos media por todos os meios ao dispor, debates, opinion polls, testemunhos; é tomada a acção. seguem-se as consequências, poucas conhecidas, muitas desconhecidas. a verdade é o que me escapa (a verdade de quem, os desígnios de quem). as ideias fabricadas, clichés. o poder é feito de palavras e imagens-testemunha, mentiras suportadas da mesma maneira que se fabrica um molho para salada, se publicita, se vende.
envelhecer.
uma gema, azeite, temperos e a força do braço na vara de arames. uns minutos de tempo. no outro dia disse à a. como fazer maionese, ela pensava que era difícil e cheio de truques estranhos.
imagem da melanie.
the big buy humbug.
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