enquanto penso na capacidade de dizer, se existe alguma coisa para dizer, se as palavras podem ser novas, se é possível dizer usando as alheias e aí em geral não encontro grandes ideias, o valor das palavras repetidas no tempo das palavras sem sentido; enquanto penso que o ano começa aqui e nas tantas coisas que acabaram aqui também, na mudança que se tem avolumado como uma vaga escura ou sombra, nos sinais sombrios que me rodeiam e na única coisa em que deposito certezas: estou enganada como sempre estive. a vida a vejo a caminhar às cegas e de sorriso, misconceptions. raramente pedi seguidores, pelo contrário, dedico-me a afugentar hóspedes, a maior parte das vezes.
mas há enseadas seguras: fazer scones em noite de inverno, estes que me pareceram bem embora prefira o buttermilk; um doce de morangos pau de canela açúcar mais escuro, casca de limão; um creme extremo de cenoura como o vi no livro infantil. enseada ou cove, pequena, abrigada, onde se escondem coisas num centro de rochas mais macias que a água gastou.
num anúncio de viagens vi: sinta-se vivo. seria triste, assim, sentindo-se morto o ano inteiro.
light gazing, ışığa bakmak
Wednesday, January 8, 2014
dizer
Publicado por Ana V. às 12:01 AM
TAGS casa de pasto, Stuff
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