light gazing, ışığa bakmak

Monday, March 10, 2014

a primavera traz sempre grandes planos (não cinematográficos mas futurísticos)

folheto dado na visita ao jardim do chalet da condessa d'Edla em Sintra. (até porque as joaninhas chegaram ao Guincho)

A História
Entre 1864-1869, D. Fernando II e a sua segunda mulher, Elise Hensler, Condessa d’Edla, desenvolveram, na designada Tapada da Vigia, uma forte intervenção paisagista de expansão do Parque da Pena, criando, numa área com cerca de 8 hectares dois novos espaços de elevado valor patrimonial e artístico: o Jardim da Condessa d’Edla, que envolve o Chalet, e a Quinta da Pena, entre o vale dos Lagos e o Chalet. Da Quinta da Pena já existiam, pelo menos, a Abegoria e o Aviário, mas datam da construção do Jardim as estufas e algumas casas de apoio a actividades agrícolas.

Influenciados pelo espírito coleccionista da época, D. Fernando II e a Condessa d’Edla, reuniram nestas áreas do Parque da Pena espécies botânicas provenientes dos quatro cantos do mundo, de que são especial exemplo os fetos arbóreos da Austrália e Nova Zelândia, cuidadosamente introduzidas de modo a criar um cenário romântico repleto de dramatismo. A aquisição de plantas inicia-se por volta de 1866, com grande envolvimento da Condessa.

Em 1885, D. Fernando torna a Condessa d’Edla herdeira de todos os seus bens, nomeadamente do Palácio e Parque da Pena, incluindo o Chalet e o Jardim “para que esta continue a sua obra”. Sob forte pressão pública, este testamento foi contestado pelo filho de D. Fernando, o Rei D. Luís, acabando o Estado por acordar com a Condessa, em 1889, a aquisição destes bens ficando esta como usufrutuária do Chalet e Jardim envolvente. Em 1904, a Condessa renuncia a este usufruto e retira-se definitivamente do seu Jardim e Chalet. Após a queda da Monarquia em 1910, o Palácio transita para a tutela do Ministério da Fazenda e o Parque e Chalet para a das Matas Nacionais (Ministério da Agricultura).

Na segunda metade do século XX, a falta de manutenção do Parque da Pena foi responsável pela sua grande degradação, de tal modo que, em 1994, o Conselho de Ministros, entregou a sua tutela ao Ministério do Ambiente, que imediatamente encomendou um Plano de Recuperação e Valorização, coordenado pelo Instituto Superior Técnico em colaboração com a Universidade de Aveiro. Este plano não chegou a ser posto em prática.

Em 2000 foi constituída a sociedade de capitais exclusivamente públicos Parques de Sintra – Monte da Lua, SA (PSML) a quem foi confiada a gestão das principais propriedades do Estado situadas na zona da Paisagem Cultural de Sintra, Património da Humanidade, nomeadamente o Parque da Pena. Na sequência de uma bem sucedida candidatura ao fundo EEA-Grants (fundamentalmente financiado pela Noruega) a PSML iniciou, em 2007, a recuperação do Chalet e, em 2008, através de uma nova candidatura, o restauro do Jardim da Condessa d’Edla e da Quinta da Pena.

O Jardim "

O Chalet da Condessa d'Edla e o Jardim que o enquadra num cenário de inspiração alpina, foram idealizados e construídos como um local de veraneio reservado, quase refúgio para uma nova vida do Rei mais afastada da corte. A escolha do local é em si genial: afastado, mas mantendo uma expressiva relação visual com o Palácio, hoje parcialmente perdida pelo crescimento das árvores que plantou. Por outro lado, situa-se junto a um dos elementos mais marcantes e dramáticos na composição do jardim, as Pedras do Chalet, e sobranceiro a uma linha de água que permitiu construir um dos locais mais exóticos do Jardim: a Feteira da Condessa.


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