disparates que

resultam das psicoses americanas (uma a psicose do estado em guerra permanente, a outra a psicose dos mercados e das vendas): "On that ever-mysterious rubric, “literary fiction”: “It was clever marketing by publishers to set certain contemporary fiction apart and declare it Literature—and therefore Important, Art, and somehow better than other writing … Jane Austen’s works are described as literary fiction. This is nonsense … Austen never for a moment imagined she was writing Literature. Posterity decided that—not her, not John Murray, not even her contemporary readership. She wrote fiction, to entertain and to make money.”  via paris review, com o meu ênfase ao erro. a literatura estava antes do marketing e todo o mundo não cabe no marketing (temos pena, como diria o pequeno).

"I am very much flattered by your commendation of my last letter, for I write only for fame, and without any view to pecuniary emolument.", diz ela nas cartas. mas há muito mais para ler aqui.

mas, toda a gente sabe, que a mais conhecida citação de Austen é-- "What should I do with your strong, manly, spirited Sketches, full of Variety and Glow? -- How could I join them on to the little bit (two Inches wide) of Ivory on which I work with so fine a Brush, as produces little effect after much labour?"

está-se mesmo a ver o marketing da coisa. se alguém falou em 'fiction' na altura [em que não havia prateleiras em mega-livrarias com essa etiqueta] foi o parvo do water scott para menosprezar a mulher-escritora. ficou-lhe bem, sim.

Austen, essa rainha da filigrana.