light gazing, ışığa bakmak

Saturday, June 14, 2014

quando

os dias são demasiado volumosos para o calendário e as esferas rolam. literariamente foi com surpresa (ou não) que andei para trás e para a frente com as cenas iniciais de The Big Sleep. Bogart, Bacall, Hawks e uma adaptação também de Faulkner, um clássico do cinema. e no entanto, tão enorme o filme e ainda o livro o ultrapassa. os detalhes de Chandler não chegam ao cinema, a concentração de sentido (Torga!) e os olhos de rapina. especialmente os olhos de rapina.

depois de Pamuk leio e imagino o autor a observar e o que vê em quem.

Carver é filho de Chandler: não conheço as ligações mas estava capaz de jurar. não segui os contos completamente por isto, por ver as mulheres de Carver  - finalmente, à luz da Califórnia que podia ter o som de Lana del Rey. dissolução, mas também acusação. Chandler passa voando por cima da dissolução familar, não lhe importa senão como uma curiosidade.

teimo em ver ambos em São Francisco e não noutras cidades da Califórnia. a baía, a ponte e o monte, velas, o Pier, gelados, pipocas e o Ghirardelli, as maiores sanduiches, o museu e o jardim das colunas, as fontes de água em frente ao museu, a livraria, a rua do cinema, as casas coloridas como as nossas da linha mas mais rosas e azúis, o antigo restaurante no 'cliff' sobre o mar, as gaivotas e o cheiro diferente do pacífico, the Big Sur. noutra vida, podia ter vivido em São Francisco.


(imagem daqui)

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