cinzento

a Madeira é fascinante, sempre. poderia cá ficar muito tempo - com sol, com chuva, com cinco estrelas ou numa pensão desde que resguardada dos seus lagartos gordos e verdes, da cor da verdura que explode dos muros vermelhos e negros. não há melhor sítio para passar férias, em todas as idades, talvez seja excelente para trabalhar também, como alguns amigos me testemunharam. todos que têm de partir, partem já com saudade. o interessante, neste caso, é a sua sobrevivência cultural apesar da força do turismo. as ruas cheias de restaurantes, bares, lojas, bric-a-brac, transportes, tours, mergulhos, passeios, tudo para o turismo e mesmo assim o espírito persiste. não há (será?) vendas desabridas a chineses ou espanhóis. há uma série de medidas proteccionistas, que desconheço, mas que reconheço, de revés. talvez fosse uma lição para Lisboa, mas em Lisboa os poderes que podem vender a cidade ao desbarato são demasiados, como foram no Algarve, esse paraíso nacional tão transformado em crónicas de cimento. mas não sei, que sei eu.

14 milhões para surgir o Porto Santo, 5 milhões para a ilha da Madeira. que se guardem para mais cinco milhões.´