light gazing, ışığa bakmak

Monday, March 9, 2015

coisas de mulheres

tenho dificuldades com as 'coisas de mulheres', as minhas tiradas pseudo-provocadoras sobre mulheres e homens tiveram um quase fim depois de o meu filho mais novo chegar à minha vida. se eu contrario a maior parte das coisas que hoje se voltaram a dizer sobre as mulheres (num retrocesso doloroso), ele contraria a maior parte das que se dizem sobre o sexo masculino. já a irmã não seguiu propriamente um template.

os movimentos de apoio às mulheres vestem saias e calçam sapatos de salto alto como os travestis de carnaval pintam os olhos com sombra azul e baton vermelho como se as mulheres se definissem pela roupa, pelos sapatos e pela maquilhagem, coisas. na volta do shopping, passando ao lado das manobras das marcas logo seguidas pelos pequenos comerciantes a tentar apanhar um pouco da sua prosperidade (trickle down failure), ser passou a ser comprar, celebrar sinónimo de comprar.

mulheres modernas desvalorizam o dia da mulher porque já somos 'iguais' e o dia da mulher é todos os dias. infelizmente não é, antes fosse.

apenas o pico do iceberg titânico:
The UN Declaration on the Elimination of Violence Against Women states that: "violence against women is a manifestation of historically unequal power relations between men and women" and that "violence against women is one of the crucial social mechanisms by which women are forced into a subordinate position compared with men."   Kofi Annan, Secretary-General of the United Nations, declared in a 2006 report posted on the United Nations Development Fund for Women (UNIFEM) website that: Violence against women and girls is a problem of pandemic proportions. At least one out of every three women around the world has been beaten, coerced into sex, or otherwise abused in her lifetime with the abuser usually someone known to her.

são precisos homens à altura e este país está cheio deles. achei piada quando no início da crise desataram a sair artigos de opinião sobre os jovens tão mal preparados para a austeridade e as dificuldades, os jovens mimados. agora vê-se bem o que facilmente se adivinhava na altura: os mal adaptados foram os mais velhos, dependentes há tanto tempo do sistema social que a revolução criou.

sobre isto não custa ouvir Dani Rodrik, o economista turco da globalização (e nem sou de ouvir economistas de quem fujo como o diabo da cruz ou a cruz do diabo).

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