a review, here.
another.
a frase que nunca é dita: eu não sou ele e no entanto é a frase que passa por todo o filme. um filme labirinto, de coincidências, enganos, mentiras, ilusões, incerteza e muita ironia que chega a ser hilariante, apesar do tom submetido, escuro e sujo da imagem. quando li que é um filme sobre a solidão do homem moderno, um número de clichés vem de imediato formatar a expectativa. mas felizmente não é nada disso, é um filme abstracto sem o elemento pessoalizante, apesar da força e carácter do actor principal (a rapariga, como sempre em quase todas as histórias turcas, é um seu adereço, por vezes espelho, por vezes empecilho, mas sempre vazia de vontade e de poder). Saramago escreveu algumas histórias assim, sem contexto, sem nação, sem pessoalização. as personagens não são gente mas figuras de um jogo maior e muitas vezes incompreensível. muito bon, fantástico, particularmente quando de repente o espectador sente de desconforto de entender quase tudo, quando sente a incerteza de planos e de realidades que estão para além do seu conhecimento, quase revelações de um presente vedado aos nossos olhos. esse sentimento, sim, é tudo. era capaz até de dizer que é um filme aristotélico, com um momento de revelação poderoso, não só para o personagem principal mas para os nossos olhos.
light gazing, ışığa bakmak
Tuesday, August 2, 2016
I'm not him, O Ben Değilim by Tayfun Pirselimoğlu
Publicado por
Ana V.
às
11:51 AM
TAGS cinema from the middle east and beyond, go east old woman
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1 comment:
Babam ve Oğlum filmini tavsiye ederim
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