Gosto, gostamos, de quê? Na sexta-feira apropriada em que é suposto estarmos a gostar de qualquer coisa que não existe, dizem que é fé. Digo que é amor-próprio, sobrevivência, medo da morte, o cliché. Nem sei, nem poderia saber, nem sequer quereria saber os mistérios da fé. Mas a empatia, essa gosto de fatiar. Gostamos de nos ver em olhos alheios, gostamos de nos ouvir e que nos ouçam. Não gostamos de nada senão de nós. E depois de umbigo, depois da sobrevivência própria, por vezes há a empatia. Tal e qual como a descreveu JMV em comentário ao meu post sobre o filme "The Lovebirds": "Ou seja, a faculdade (que é às vezes também uma generosidade) de ver pelo ponto de vista do outro, de dar ao outro a possibilidade de ver ao nosso lado o que, do nosso ponto de visionamento, podemos ver, sentir e ser.." (Obrigada pelo comentário JMV, com o qual concordo em absoluto). Repudiando espelhos: "gostar de ti", dele, dela, daquilo, olhar por olhos alheios custa. E às vezes não.
light gazing, ışığa bakmak
Friday, March 21, 2008
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3 comments:
Ai. Já comecei a comentar, já parei, já fui ler textos mais... "leves de digerir", já voltei, já reli, já cocei a cabeça, já vi o novo look do Correio da Manhã, já pensei "deixa-me pensar o que quero mesmo dizer", já tornei a voltar... É isso, Ana, é. E depois começo a divagar. O gostar dos outros é muitas vezes perceber a léguas, sentir o que os outros sentem e não poder fazer o mundo parar de girar e gritar "então, como é?". E quando custa, custa.
Marta, gostei dos leves de digerir :))) vê lá se te faz sentido: dá-me a mão, passo eu, dá-me a mão, passas tu, dá-me a mão, passo eu, etc. etc. Escalada ou espeleologia, pouco diferença faz desde que se fuja da superfície. Assim é outra teoria. (deve ser do "santa", hoje estou idiota :))
:D :D :D
ahahaahahahah
só te digo: vénia. =oP
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