depois de Mondovino e de umas visitas muito longínquas às congéneres do norte da Califórnia, era uma lacuna não ter visitado uma adega. calhou o Monte Seis Reis. a oferta é agora muita, ao contrário do que acontecia há apenas uma década, nesta zona de Estremoz-Borba-Redondo, bem como mais a norte.
a primeira impressão é excelente. chega-se ao edifício da adega através dos campos de vinha, a paisagem só por si vale o passeio. o Monte Seis Reis é um local perfeito para visitar, nada está esquecido até ao mais minúsculo pormenor, uma característica que me fala alto. é-se bem recebido, a visita está bem pensada, vê-se absolutamente tudo, as perguntas todas respondidas, prendinha no fim, simpatia. há uma exposição preparada sobre o trabalho da vinha, uma sobre a história da marca, uma sala de exposições em que um artista expõe gratuitamente (novo artista cada dois meses), sala de provas, sala de jantar, sala para grandes festas, uma loja bonita. e a visita é gratuita. subitamente lembrei-me da única coisa a faltar: uma pequena esplanada e máquina de café para nos sentarmos de frente para a vinha (uma oferta de prova, um queijo da zona?), mas isso já faz parte dos meus vícios.
visita-se ainda a adega, o tegão, pode-se ver a máquina de vindima, o sistema de engarrafamento e rotulagem, o laboratório, é possível seguir todo o processo, mesmo durante o tempo de vindima. deste local as garrafas saem prontas para ser vendidas, é tudo feito aqui. grande parteda produção é já exportada. o que me impressionou mais que tudo foi o tempo record em que tudo foi feito. a marca existe há menos de cinco anos, a vinha há menos de dez numa quinta antiga que era de olival. uma pequena grande casa de 25 pessoas e 50 hectares e a capacidade de produzir 700.000 garrafas.
as estrelas do Monte são duas monocastas, a Touriga Nacional e o Syrah, este último já com uma medalha de ouro. e há já uma parede de prémios. agora só me falta beber o vinho.
4 comments:
Este ano tem sido muito caseirinho para os meus lados; que bom "levares.nos" contigo na algibeira.
A meiguice branca, ali em baixo; gostei da tua escolha de palavras.
=o))
livros - vadiar - cozinhar muito lá em baixo. também gostava do helicóptero mas esse hobby é um bocadito mais caro :)
e eu que já habitei em algumas vilas e cidades - menos que até agora na capital - e desci 'neste comboio' para as recordar: Santa Eulália, Belhó, Elvas, Portalegre, Fronteira
ainda me falta o post do adeus.. em miúda passei alguns verões em Castelo de Vide onde o meu avô tinha uma casa branca dentro da muralha. o passeio era Portalegre.. e um verão em Monfortinho a ver passar as trovoadas de verão e a ler no riacho-fronteira. viver foi sempre Lisboa e nas duas linhas.
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