o filme, daqui.
"Terceira longa metragem de Pierre Perrault na Ilha de Coudres, Les Voitures d'eau aborda o problema dos construtores e navegadores de escunas de madeira, com a chegada dos barcos de ferro, da concorrência internacional e dos monopólios. Homens do mar, tão hábeis nos actos quanto nas palavras, os capitães das últimas escunas do rio, vivem o fim de uma era artesanal na qual os seus filhos dificilmente encontrarão um lugar. A primeira parte do filme teoriza os conhecimentos e as riquezas humanas e verbais ligadas à ciência dos barcos de madeira. A segunda parte, resultado de um ano trágico de navegação do St. Laurence, coloca questões maiores de integração económica e política dos Canadianos franceses.
“Se tivesse uma sugestão para dar um nome ao teu filme, sugeria que lhe chamasses: A AGONIA DAS ESCUNAS: uma agonia prolongada, como se pode dizer… Persistimos para que durem tanto tempo quanto possível, mas é um esforço sobre-humano aquele que fazemos, com todos os inconvenientes de hoje em dia, com todas as misérias, com a concorrência dos transportes terrestres, AS GREVES! uma depois da outra! são todos esses inconvenientes que conduzem… à idade das nossas velhas escunas e depois não se construirão outras! quer dizer… a Montcalm, que é parecida com a minha! têm a mesma idade; é mesmo mais velha que a minha! vão restar três, quatro que vão sobreviver porque foram construídas uma dezena de anos depois das outras, vão sobreviver se conseguirem… vão permanecer boas mas…se lhes resta trabalho, é trabalho que desaparece: não podemos concorrer com os grandes barcos.” (Dos diálogos do filme)
“Este filme constitui o terceiro volume do tríptico composto por Pour la suite du monde e por Régne du Jour. Mas é-o apenas na aparência: no fundo estes três filmes relevam de uma mesma visão do poeta. Les Voitures d'eau em particular é a conclusão de um longo trabalho de selecção e de montagem (o filme terminado não representa mais do que vinte por cento do que foi filmado): a partir de numerosas bobines consagradas aos construtores de escunas de madeira (goélette de bois), Perrault fez um poema didáctico e elegíaco, à semelhança das Geórgicas ou das Bucólicas de Virgílio. Perrault assemelha-se de resto a Vírgilio de outra forma: o mundo que ele fixa em película - com a mesma paciência e impaciência com que os pintores egípcios de há três mil anos o fixavam nos painéis castanhos das mastabas -, é uma imensidão que morre. Os protagonistas do filme - Éloi, Laurent - aspiram à reforma, onde se irão juntar aos heróis já míticos dos primeiros filmes de Perrault. Os jovens, que aparecem raramente no filme, quando falam, fazem-no com a inquietude ou a amargura de Melibeu na primeira bucólica: dulcia linquimus arva... (Abandonemos os nossos queridos campos.) Les Voitures d'eau é a última etapa de um processo emocionante e desesperado: voltar a dar vida ao que agoniza, pela e através da arte; transformar, como dizia Valéry, "aquilo que passa, naquilo que dura". Aí, Perrault reencontra por instinto a essência do cinema, que é, como dizia admiravelmente Bazin, ser "a múmia da transformação". (Dominique Noguez, Le Cinéma)" daqui. pela Cristina.
e fica bem com este.
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