light gazing, ışığa bakmak

Saturday, February 27, 2010

sábado de manhã

quase meio-dia. as rajadas de vento entram dentro de casa pelas frestas das janelas, as que queria novas. vamos celebrar o dia. parece que morreu um escrivão, era expressão da ventania, disse a Madalena e eu ouvi. celebrar o quê. perto do Parque Eduardo Sétimo, um sem-abrigo (chama-se sem-abrigo, ou mendigo, diz ele. não há como negar) está enrolado nas camadas de sem-abrigo, deitado no chão enquanto eles correm em volta e eu tiro fotografias a preto e branco a coisas inanimadas. se abrires os braços pode ser que voes rua acima. e lá vão os três de braços abertos sem pensar em nada senão em apanhar os cento e cinquenta quilómetros previstos pela meteorologia. estou a comer vento!


em casa salto até ao Museu de Artes Decorativas em Paris onde estão formas e símbolos de animais. quimeras. através do Royal. no quarto ao lado, os animais são stuffed e amontoam-se em torno do castelo de mantas almofadas e cadeiras. [Sphinx, hydres, chimères, dragons, licornes, griffons, sirènes, centaures, tritons, harpies, phénix : du mobilier à la faïence en passant par les jouets, la publicité et le verre, ces créatures imaginaires ont constitué un répertoire de formes inépuisable et continuent de nous hanter comme elles ont hanté nos ancêtres.]

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