light gazing, ışığa bakmak

Saturday, May 29, 2010

The Station Agent, de Thomas McCarthy



no final de uma killer-week, calhou bem esta Estação, no nome português, comprado por um euro e meio na papelaria. bate a Fnac aos pontos. prémio do público em Sundance e outros tantos festivais, o reconhecimento para o actor principal e para a Patricia Clarkson, que bonita. ficou esquecido Bobby Cannavale embora num papel que lhe devem assentar regularmente, o de latino. ou o que se pode fazer com baixo orçamento, dois ou três actores desconhecidos, meia dúzia de locais para filmar, nada de espectacular, uma estação de comboios abandonada. à primeira vista cruzei-o com Mystery Train (três ou dez furos acima no cinto imaginário) e com a estação de Kusturica em Life is a Miracle, mas o cinema tem tantas estações e apeadeiros. esta, escrita e realizada por um dos três escritores do filme Up, é uma história simples sem o génio da Straight Story. à partida, a história de um homem que é anão e que herda, do seu amigo e patrão, uma velha estação de comboio abandonada em Jersey. reformado, como ele diz, muda-se com pouca bagagem para o pequeníssimo edifício de madeira que foi estação para se dedicar à sua paixão solitária de observador e estudioso de comboios. podia ser a história de um deficiente e do seu 'coitadismo' e resistência e coragem, mas não é. Fin (Peter Dinklage) é apenas uma das personagens que estão sós e que lutam com um sofrimento do passado -ou todos nós. as chamadas "pontes" e a amizade são inevitáveis para um desenrolar feliz, como se precisava, mas tanto, no final de uma semana assassina como esta.


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NYT Critic's Pick (resignation with loneliness)

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Joe Oramas: It's the librarian fantasy, man. Glasses off, hair down, books flying.
Finbar McBride: She doesn't wear glasses.
Olivia Harris: Well, buy her some, it's worth it.

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