light gazing, ışığa bakmak

Wednesday, September 29, 2010

bairro da lata ("I'm a stranger here myself")

ao olhar para o hotel Amazónia do Jamor, que nome, revejo o bairro da lata do Jamor que ali estava subindo o morro. as palavras desaparecem quase com a actualização urbanística ["20/8/68 (23,25). "Transferência dos moradores do Bairro de Xangai. Não usar a expressão "bairro de lata", por causa dos estrangeiros. Coronel Saraiva.", do Doc Log]. naquela altura Jamor foi visita de estudo, a que faltei por doença talvez, em que as freiras nos mostravam como viviam os pobres e a urgência da caridade. depois foram trabalhos de grupo e poemas, alguns desenhos a mostrar os meninos do Jamor. (o casaco de cabedal falso, estalado a toda a altura dos ombros, deito fora ou guardo por razões sentimentais) quem terá falado tanto de Nicholas Ray? penso que foi por Bénard da Costa, pela mesma altura em que vi Nostalgia. em breve entro na América literária do século 20, este seria um bom programa de leitura visual: o primeiro noir, They Live by Night, para me dar continuidade ao casal fugitivo de Terence Malick, ou paternidade; o icónico de James Dean; o de James Mason este que nunca vi, penso, os de Humphrey Bogart (noir et noir); Wayne Mitchum Cagney Crawford que leque de cartas. Bigger than Life, Wind Across the Everglades e as colaborações de final de vida com Wim Wenders e Denis Hopper. nesta vida mora muita literatura. mais cedo ou mais tarde verei todo o Pedro Costa, afinal tudo têm sido aproximações.

gostei de Kino Slang.

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