light gazing, ışığa bakmak
Monday, October 4, 2010
desassossego (2)
depois de uma noite mais ou menos bem dormida com alguma chuva mas ainda sem frio -a pensar acrescentar mantas cobertores colchas penas macias à cama. declamar em cinema não gosto por aí além, ou quase nada. algum Shakespeare mas mesmo assim. Lisboa nunca ficou bem em versão Fassbinder ou cabaret. depois de quatro cigarros no cinema começo a sufocar. está bem, Rohmer fuma, mas há janelas abertas. há certa decoração feminina -tacones lejanos, brilhos e batons, pérolas fora de moda, corpetes e penteados da avó- que nem todos fazem bem. Almodovar faz tudo, mas é Almodovar. não gosto de ouvir 'fabuloso' dentro da sala de projecção de um filme. um dia, quando estiver com uma resistência emocional mais alargada, lerei o Desassossego a par com os diários de Kafka. à partida, um olhando para dentro outro para fora. ainda: servir na mesma mesa um leitão morto, inúmeras linhas de coca e Alexandra Lencastre (o penteado, senhores!) talvez nem Greenaway. algumas abertas hoje no tempo para que o doce outono vá chegando devagar. devo ter entrado na idade asceta.
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