não são pardos, mas todos os gatos são livres em Istanbul. alguns gingam de verdade como pequenos mafiosos de esquina, há as mães com os filhos escondidos atrás de arbustos, há as famílias que enchem muros de edifícios oficiais e museus, becos, passeios ondulantes. as portas de toda a gente têm duas tigelas, uma com comida outra com água.
os cães também são livres mas estão marcados, vejo-lhes uma etiqueta. parecem estar desactivados com o calor do verão e dormem aos cantos ou esticam-se nas ruas numa sesta de horas. não os ouço ladrar e são grandes, tão grandes como labradores. vi um cão à trela, um cãozinho aperaltado, apenas uma vez.
no ferry os miúdos atiram simit às gaivotas que seguem os barcos e mergulham na espuma branca do seu rasto. na praça em frente da yeni camii há cinco casotas como se fossem guardas, mas os homens que se sentam nelas vendem pratinhos de alpista, pratos de louça que as crianças devolvem depois de terem alimentado as centenas de pombos que ali concentram. uma concentração de aves.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, August 15, 2013
todos os gatos
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