light gazing, ışığa bakmak

Monday, April 28, 2014

sobre o Trafaria Praia

ou na verdade sobre Joana Vasconcelos que enche de comichão os "críticos", os críticos e muitos colegas portugueses, a opinião de Alexandre Pomar:

Unlike ·  · 
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  • Alexandre Pomar "a aura de obra de arte vai servir os cruzeiros"... Onde está a aura? O que é a aura? A nomeação como obra de arte (o nome, o título, a marca como obra arte) não é a aura.
  • Diogo Oliveira É decoração 
  • Alexandre Pomar "a escolha da artista para representar Portugal, em contraste com as anteriores edições da Bienal de Veneza e com muitas das restantes presenças internacionais, foi feita não por um júri que pudesse validar a pertinência, oportunidade e vantagens desta representação, nem sequer por um comissário que com base numa estratégia cultural optasse pela exposição mais conveniente, foi uma nomeação do Governo." Aqui estamos no domínio da mentira jornalística e da crítica mafiosa. Nunca houve em Portugal nomeações feitas por um júri. As nomeações de um artista e um comissário foram sempre (quase sempre?) simultâneas e conjuntas, na generalidade dos casos foi o artista nomeado pela tutela que escolheu o comissário. Estamos no plano da desonestidade intelectual. Da pulhice.
  • Isabel Silva SERÁ O IMPÉRIO DOS MERCADOS?
  • Diogo Oliveira Apesar de não achar piada aos trabalhos da dita, há uma coisa que me incomoda - o facto de alguns críticos nos quererem fazer acreditar que não há mais arte para além da contemporânea. Que linguagem conceptual é o expoente máximo. Não posso ser mais discordante. E apesar de não estar relacionado com o assunto, deixo um artigo acerca da massificação das linguagens...em fotografia.http://www.professionalphotographer.co.uk/.../Has-the-D...
  • Alexandre Pomar "Mas é o barco e agora o Tejo e a vista sobre Lisboa que são belas, não é a arte." "...está longe de ter a força crítica, a vitalidade actuante e a pertinência estética, política e cultural que a arte deve ter." Primeiro a arte tem de ser bela; adiante a arte "deve ter" força crítica, etc... O papel de crítico troca-tintas e normativo é aqui desempenhado de uma maneira idiota e obscena. Trata-se de um descarado (óbvio e descuidado) policiamento do que é ou não é a arte recomendada pelo poder mafioso que quem ocupa a critica num orgão noticioso único e último: o Público.
  • Diogo Oliveira Sim, eu li o artigo! 
  • Alexandre Pomar "...ser arte, mas também sabemos que só o pode ser depois de uma acção metamorfoseadora do artista...". A metamorfose está bem para as borboletas, mas não substitui a escolha, a nomeação e a recontextualização/institucionalização que fazem do ready-made arte. O rapaz tentou metamorfosear-se em crítico ao serviço de um miserável gang influente no nosso pequeno mundo da arte.
  • António Gomes Comércio turístico para grandes massas. Está bem...
  • Alexandre Pomar Estamos no domínio da pura má fé, em que imperam a intriga e a corrupção. Por isso, o facto de defender criticamente a Joana fez-me recusar o convite para ir de passeio a Veneza, para um intervenção em colóquio, e hoje escrevo sobre o texto do Público e não sobre a inauguração ou o barco-obra, que não vi.
  • Alexandre Pomar Pode não se apreciar esteticamente a obra da Joana (esta e outras, conhecendo o seu itinerário já extenso e diferenciado), mas a argumentação terá que ser outra. Podem preferir-se outras obras e outros artistas com menor notoriedade. Não é o facto de existir no mercado (tal como os outros, mas mais e melhor do que outros); não é a grande escala (a grande dimensão e a grande ambição), exigindo a mobilização de grandes meios; não é o acesso a um importante circuito mediático e institucional (Versalhes e a Ajuda) que servem de argumentos críticos. O que se observa é o esbracejar de críticos (de alguns críticos dispostos ao trabalho sujo), contra uma artista que não está na dependência da crítica.


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resta dizer que sou parcial: gosto muito de Joana Vasconcelos que vi na Bienal de Veneza de 2011, uma peça central no Palácio Grassi, que toda a gente sabe é um dos principais da cidade. nas galerias secundárias, exibiam-se alguns dos maiores artistas contemporâneos da actualidade. e também gosto da Douro Azul, particularmente da força tremenda da sua iniciativa positiva num país em que tanta gente tem medo de meter a cabeça no cepo.


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