light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, July 1, 2014

s/n

a queda do Espírito Santo do seu altar de pés de barro, o tombo da pt e quem sabe quem lhe vai na sombra: as crises ocidentais servem para expor o modo de funcionamento das instituições e da engrenagem actual. apanhando o autocarro amarelo no Funchal para dar a volta aos lugares de interesse, vê-se claramente o local e a data em que a 'crise' se abateu sobre o país e, mais tarde, sobre a região autónoma. pela europa fora e não só estes panoramas são comuns e todos, mais coisa menos coisa, devem falar do mesmo assunto. o crescimento económico andava ao colo da construção, actividade financiadora de todos os aparelhos do estado, câmara, secretarias, direcções, institutos, organismos e que mais. a construção selvagem teve nos últimos 50 anos liberdade total para invadir a paisagem. as milhentas complicações, papeladas e entraves não são para assegurar qualidade nenhuma (mais óbvio do que isso é impossível) mas para alimentar a máquina. infelizmente a banca parou as engrenagens e a máquina caducou. diz-se que a máquina construtora começa de novo a mexer. naquela fronteira do tecido urbano do Funchal, bananais vivem no meio de estradas recém cortadas e urbanizações congeladas, edifício vazios. a tal princesa que ficou a dormir durante longos anos. planos de parques urbanos e ruas 'ajardinadas' com algumas palmeiras e arbustos, rotundas no meio do vazio. as casas tradicionais ainda existem, plácidas como os bananais. para além da ganância, qual foi o modelo disto?

(do google maps)

pois há pior. e pois também há muito melhor.
qual é o teu legado, alberto joão?

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