light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, November 11, 2014

tudo ao mesmo tempo

a minha mundivisão desde há ano e qualquer coisa. o meu irmão poeta diz que isto coincide com algumas teorias do autores esotéricos que ele frequenta mas de que fujo como o diabo da cruz, dizem, não me preocupo. os pontos de vista literários para os quais, pois claro, tivemos de decorar meia dúzia de definições não só inúteis mas também limitadoras da leitura, acabam por ajudar, não as definições mas a noção de ponto de vista, irmã na pintura e em qualquer arte ou ofício que tenha de colocar espacialmente alguma coisa, ou objecto ou até invisíveis sentimentos, impressões (palavra que pertence a Sebald). os pássaros, ou as criaturas aladas e as outras de quatro patas, vista quer olhos, mas de novo se esfuma tudo. quem vê o quê e como vê se ver é ver ou outra coisa. as medusas têm olhos?

o tempo suspenso do luís, seja, o tempo ausente dos apaixonados. mãe, vivemos no passado porque o nosso cérebro demora não sei quantos, eu não sei ele sabe, quantos segundos a processar aquilo que estamos a ver portanto quando percebemos já passou, diz ele. mas o que são segundos, tempo, e fazemos lista de tempos de vida de animais vivos enquanto aproveito para dizer pela quinquagésima vez que adoro biologia, há uma coisa viva que vive dois ou três segundos e o que vê ele.


No comments:

 
Share