light gazing, ışığa bakmak

Sunday, February 24, 2008

no country for girls either (2)

If they don't get the little Oscar man this evening I will be really surprised, despite the extreme violence.

In No Country For Old Men, the title reveals itself at the end of the book. Old men and their values, a time when the frontier was a place of honor, when men didn't kill for nothing. Or so we are lead to believe. For us outsiders, the American legendary west is still a place where a man could die for nothing, just being in the wrong place at the wrong time. Luck or lack of it still lives in Cormac's novel but the ending drags on, feeding moral lessons into a very violent story. The bodycount exhausted my energy, I could barely pick up another book after this one.

"The other thing is the old people, and I keep comin back to them. They look at me it's always a question. Years back I dont remember that. I dont remember it when I was sheriff back in the fifties. You see em and they dont even look confused. They just look crazy. That bothers me. it's like they woke up and they dont know how they got where they're at. Well, in a manner of speakin they dont."

No Country for Old Men, Cormac McCarthy

"Women are tough. I don't pretend to understand them. I find men don't know much about women and find them mysterious." na entrevista com a Oprah.

E não satisfeita com a experiência, não resisti a comprar Child of God. Como sempre, a primeira página foi a criminosa. Ganhou à Doris Lessing, apenas pelo preço. Mas lá virá a Doris, quando a Fnac decidir alargar o stock. Escrita de barba rija, a de Cormac bem entendido. Mas não faz mal, sempre despoleta um ataque feminista aqui no blogue, o que só pode ser bom.

Um pequeno apanhado: 1911 - A médica Carolina Beatriz Ângelo, viúva e mãe, vota nas eleições para a Assembleia Constituinte, invocando a sua qualidade de chefe de família. A lei é posteriormente alterada, reconhecendo apenas o direito de voto a homens. 1931 - Expresso reconhecimento do direito de voto às mulheres diplomadas com cursos superiores ou secundários (Decreto com força de lei n.º 19694, de 5 de Maio de 1931) - aos homens continua a exigir-se apenas que saibam ler e escrever. 1946 - Nova lei eleitoral, mais alargada que a de 1931, continuando, porém, a exigir ainda requisitos diferentes para os homens e para as mulheres eleitores da Assembleia Nacional 1968 - Lei n.º 2 137, de 26 de Dezembro de 1968, que proclama a igualdade de direitos políticos do homem e da mulher, seja qual for o seu estado civil. Em relação às eleições locais, permanecem, contudo, as desigualdades, sendo apenas eleitores das Juntas de Freguesia os chefes de família (em 1969, A mulher casada pode transpor a fronteira sem licença do marido) 1974 - Abolidas todas as restrições baseadas no sexo quanto à capacidade eleitoral dos cidadãos

1974 - 2008, a liberdade breve.
A história toda, aqui.


"I had no say in the matter. Every moment of your life is a turning and every one a choosing. Somewhere you made a choice. All followed to this. The accounting is scrupulous. The shape is drawn. No line can be erased. I had no belief in your ability to move a coin to your bidding. How could you? A person's path through the world seldom changes and even more seldom will it change abruptly. And the shape of your path was visible from the beginning."

Preciso mesmo é poder escolher. (Ou comer).

6 comments:

Anonymous said...

Também é uma das minhas apostas, pelo que leio na imprensa. Mas confesso-te que raramente os meus "tiros" acertam o alvo ...

E quê? Vais fazer noitada ou esperar pelas notícias de amanhã? Se eu não tivesse um comboio para apanhar amanhã cedo ainda era capaz de resistir, mas ai... vida dura.

Ana V. said...

Eu também falho sempre! Noitada não dá, amanhã é segunda... mas se acordar a meio da noite dou uma saltada ao Live Telecast... não resisto.

Anonymous said...

Estou a imaginar os milhares de bloggers de dedos nas teclas "AND THE OSCAR GOES TO..........", enquanto a malta muito blogger mas muito trabalhadeira também já vai no décimo terceiro sono. Olha, e depois lembro-me da tricotadora e do abismo e tal. Não há Abismo sem ... ;o)

Ana V. said...

Obsessão é precisa! ;-)

jorge vicente said...

agora uma pequena polémica.

percebo porque é que, no final do século xix, os homens diziam que as mulheres não tinham capacidade para votar. porque não tinham de facto conhecimento algum sobre a realidade polítca de então. apenas uma pequena minoria sabia o que é que acontecia no país (e isto apenas na cidade porque no campo, eram os dois).

a solução que eu punha, se fosse um gajo valente do século xix: educação a valer para toda a gente, como devia ser.

por isso é que apareceram pessoas como a ana de castro osório.

Ana V. said...

"não tinham de facto conhecimento algum sobre a realidade polítca de então." como é que é? :))
http://en.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_I_of_England

 
Share